Estudos


Livro de Game Design com cases 100% nacionais busca discutir caminhos para trabalhar com games no Brasil


Game Design: Modelos de negócios e processos criativo – Um trajeto do protótipo ao jogo produzido” é um livro produzido com cases 100% brasileiros que busca discutir caminhos para trabalhar com games no mercado nacional dando ênfase para games promocionais, advergames e indie games.

9788522122011A bilionária indústria de games tem conquistado cada vez mais espaço no cenário contemporâneo. Muito além dos consoles, os games ampliam suas fronteiras e se manifestam de maneira multiplataforma e nos mais variados formatos, permitindo acesso privilegiado ao universo do entretenimento.

Uma indústria com tamanha magnitude opera com estratégias de negócio cada vez mais robustas e com processos de criação de produtos cada vez mais sofisticados. Neste livro, o autor procura debater alguns destes aspectos que se tornaram chave nesse mercado cheio de possibilidades, atentando principalmente para os casual games, advergames, jogos analógicos e mobile games.

Dando ênfase ao mercado brasileiro, discute-se – com cases reais – como é possível pensar caminhos de game design e modelos de negócios em jogos no complexo âmbito nacional.

Para ampliar ainda mais o escopo desta discussão, alguns dos maiores especialistas “brazucas” da área foram convidados a falar sobre o tema. Ainda, no final do livro, há uma entrevista exclusiva com um dos maiores nomes na pesquisa de games mundial.

Vince_Vader2Vince Vader é Escritor e Game Designer Brasileiro, autor de Ludificador e Doses Lúdicas, porém, este seu mais novo livro já nasce sendo uma das principais referencias nacionais em Game Design, especialmente por ser o primeiro material voltado ao Game Designer Brasileiro e também contribui com a abertura de nosso mercado editorial para outros lançamentos e traduções.

Conteúdo do livro:
1 – Sobre game designers, game design e jogadores.
2 – Modelos de negócios.
3 – Do casual ao hardcore: diferentes games para diferentes players.
4 – Processos de game design: abordagens, olhares e ideias.
5 – Casos.
6 – Considerações finais.
7 – Referências bibliográficas.

Para saber mais e adquirir o Livro, clique aqui!


Evento gratuito sobre gamificação abordará uso de jogos no processo de aprendizado – Brasília/DF


Em 22 de abril, a Universidade de Brasília (UnB) promove o seminário A gamificação como estratégia educativa: relato de uma cooperação internacional Brasil-Canadá, que abordará a utilização de jogos como metodologia de ensino nas escolas. O evento é gratuito e não exige cadastramento prévio.

unnamedNa ocasião, será realizado o lançamento do livro Gamificação como estratégia educativa, organizado pelo professor da Faculdade de Educação (FE/UnB) Gilberto Lacerda Santos e pela doutoranda em informática e educação pela UnB Mariana Marlière Létti. O seminário e a obra são frutos da experiência de desenvolvimento do software Siga – dispositivo para facilitar a aprendizagem do manuseio de softwares educativos -, elaborado pelo laboratório Ábaco da UnB, em parceria com a Université Laval, do Canadá.

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Gilberto Lacerda Santos

No semirário, os professores Gilberto Lacerda Santos e Richard Gagnon (Université Laval), principais mentores do projeto, discutirão a importância da cooperação internacional para produções brasileiras no campo da gamificação – utilização de mecanismos de jogos com o objetivo de despertar o engajamento em relação a um tema ou auxiliar o aprendizado sobre um assunto – e a elaboração e aplicabilidade do Siga.

Este evento refere-se à culminância de uma importante cooperação internacional para produções brasileiras no campo da gamificação aplicada à educação. O projeto também acomodou uma tese de doutorado (no Brasil) e três dissertações de mestrado (Brasil, França e Bélgica).

O livro é a reunião de sete artigos acadêmicos sobre Gamificação, originários dos trabalhos acerca do software Siga. Ao todo, foram confeccionados 500 exemplares, que serão distribuidos gratuitamente durante o seminário.

livroServiço:

Data: 22 de abril de 2015/Quarta feira

Horário:
14h às 14h30 – Abertura
15h às 18h – Seminário e Debates

Local: Auditório da Reitoria – Universidade de Brasília
Informações: gmsbsb@terra.com.br

ENTRADA FRANCA

Fonte: www.correioraziliense.com.br


Os Jogos Que Mais Estimulam o Cérebro


Não é novidade que os jogos são estimulantes. Nos motivam em diversas frentes e estimulam nossos sentidos e nossa mente, mas o quanto? Quais jogos estimula mais o nosso cérebro e, games podem ser criados com esse propósito? Jorge Luis Santana, coordenador do curso de Jogos Digitais do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF) elegeu quatro dos games que mais estimulam o cérebro.

O objetivo é investigar alguns dos games que são mais do que só diversão, mas sim obras que exercitam o cérebro e trazem benefícios como criatividade, lógica, raciocínio, memória, coordenação motora e até treino para línguas estrangeiras. Todo mundo que  acompanha minhas publicações aqui no Marketing & Games, sabe o quanto eu acredito no poder que os jogos tem de gerar experiências pessoais que são capazes de ensinar e modificar e conectar as pessoas, por isso, fico realmente muito satisfeita em ver esse tipo de pesquisa sendo feita em solo nacional e em poder compartilhar com vocês alguns dos jogos que mais estimular o cérebro:

1 – Tetris

Os pesquisadores do Mind Research Network em Albuquerque, no Novo México descobriram melhorias notáveis na função cerebral e espessura cortical entre 26 garotas adolescentes, que jogaram 30 minutos diários de “Tetris, por 90 dias. As meninas passaram por verificações estruturais e funcionais antes e depois do período de prática de três meses, assim como as garotas de um grupo de controle cujos membros não jogaram “Tetris”. Segundo a pesquisa, as jovens que jogaram o clássico dos games demonstram melhor eficiência cerebral durante os testes do que aquelas no grupo de controle, e as verificações revelaram que aquelas que jogaram, o título tinha um córtex notavelmente mais espesso.

2 – Halo

As franquias de games de ação “Halo”, “Gears of War” e “Grand Theft Auto” receberam críticas nos lançamentos dos jogos por espalhar muito rapidamente entre os gamers jovens. Entretanto, um estudo clínico com 114 crianças e jovens entre sete e 22 anos, realizados por pesquisadores da Universidades de Rochester (NY) sugere que jogar tais games pode obter alguns benefícios psicológicos, como por exemplo, a habilidade de atenção e foco em vários objetos de modo muito mais rápido, se comparada às crianças que não jogam.

De acordo com a pesquisa, “esse estudo mostra que as crianças que jogam games de ação, exibem um nível de desempenho no raciocínio lógico melhor, que só são alcançados muito tempo depois, ou nem são alcançados, comparado com as pessoas que não jogam games”, explica Santana.

3 – 2048

O game mobile que está fazendo sucesso na comunidade de desenvolvedores chama-se, simplesmente, 2048. O objetivo é combinar tijolos virtuais com as setas do teclado, realizando somas até conseguir o tijolo com o número 2048. O truque é que apenas os bloquinhos com números iguais se juntam, transformando o jogo num desafiador quebra-cabeças matemático. Caso o usuário utilize bloquinhos demais, acaba travado e é game over.

4 – Papagaio 

Criado pelo professor de Jogos Digitais da Faculdade UDF, Alexandro Ferreira Leal, Papagio é um jogo de ação desenvolvido para dispositivos móveis, em que o jogador precisa sobreviver aos perigos da floresta. “Papagaio é um game com jogabilidade simples, mas desafiadora que estimula a coordenação motora e melhorando a atenção do usuário”, comenta Santana. Esse jogo está disponível gratuitamente na Play Store.

Já esperava ver um jogo como Tetris na lista por já ter lido diversas matérias sobre a influencia que o jogo pode exercer, mas fiquei realmente surpresa com Halo! Curto muito a franquia e sem dúvida é preciso atenção e dedicação para mandar bem no jogo, mas acredito que pelo fato de se tratar de uma franquia de ação, não esperava encontrá-la por aqui…

E para você, quais outros jogos são capazes de melhorar a capacidade cerebral dos gamers?

Fonte: GameReporter


Livro em português explora estratégias de marketing para cinema e games


A produção cinematográfica brasileira se fortaleceu nos últimos anos. A indústria de games cresce rapidamente. Mesmo assim, pouco ouvimos falar de filmes locais no circuito dos cinemas ou de jogos criados por brasileiros fazendo sucesso nos smartphones ou consoles. Para mudar esse cenário, a Cengage Learning irá lançar na próxima semana o livro Marketing cinematográfico e de games.

cinema-gamesA cerimônia de lançamento acontecerá na próxima segunda-feira (23) na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, localizada na Avenida Paulista, São Paulo (SP), às 18h. O livro tem versões impressa e digital.

A obra, escrita pelo administrador Edmir Kuazaqui, aborda questões do mercado, a partir de exemplos. Em cada início de capítulo estão apresentados claramente quais são seus objetivos, fornecendo um trilho seguro para o leitor. Neles, são aprofundados os canais de distribuição de uma obra cinematográfica, qual o seu chamado ‘ciclo de vida’, a indústria cinematográfica (em especial a norte-americana) e seus desdobramentos no contexto do Marketing Internacional.

Edmir Kuazaqui, Autor
“Procuramos democratizar um pouco mais os conhecimentos e as particularidades dos segmentos abordados, com o objetivo de, quem sabe, influenciar os leitores e fazer com que se identifiquem com o tema, despertando-os para a importância desses setores da economia, que podem contribuir significativamente para o crescimento econômico e social do país”.

Edmir Kuazaqui é doutor em Administração, com ênfase nas áreas de Marketing, Comércio Exterior e Gestão de Pessoas. Coordena na Universidade Paulista (UNIP) os cursos de pós-graduação em Administração Geral, Pedagogia Empresarial, MBA em Marketing Internacional e Formação de Traders, MBA em Turismo de Eventos e de Negócios e MBA em Comércio Exterior. É também professor titular na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

Fonte: www.administradores.com.br


Pesquisa Game Brasil 2015 – Panorama do Mercado


A Campus Party – tradicional evento nerd que dispensa apresentações – sempre rende uma quantidade enorme de conteúdo, mesmo quem não tem a oportunidade de visitar a feira como eu, acaba consumindo alguma novidade sensacional – é o caso desse vídeo aí do Guilherme Camargo. Pra quem não conhece o cara, ele foi um dos responsáveis pela retomada do crescimento do mercado de videogame no Brasil, liderando a equipe de Xbox e em 2013 ele foi convidado para ser sócio da Sioux que afirma ter DNA gamer. Com mais de 13 anos de experiência, a Sioux busca atender oportunidades e necessidades do mercado que direcionam o desenvolvimento de produtos próprios, projetados para atender diferentes segmentos e audiências entre eles jogos (advergames, jogos sociais e educacionais), sistemas e plataformas gamificadas. O trabalho deles é bem legal e super reconhecido por aí, basta pesquisar.

Os resultados da pesquisa apresentada pelo Guilherme são muito bacanas, ele fala por exemplo que o celular é usado por 82,8% dos jogadores brasileiros, contra 71,3% de participação dos PCs e notebooks. Na sequência aparecem consoles, com 56,2%, tablets, com 37,4%. Embora o smartphone seja a plataforma mais usada, o jogador brasileiro é multiplataforma, 78,6% dos participantes jogam em mais de um dispositivo. 66,4% não vê problemas em baixar jogos gratuitos com publicidade, porém, somente 35,6% dizem que os anúncios não atrapalham a experiência.

Confira a palestra na íntegra e a apresentação de diversos outros dados bacanas sobre o nosso mercado no vídeo abaixo:


Estudo conclui que não existe relação entre violência e videogames


A matéria publicada no site Eurogamer afirma que “um estudo conduzido pelo psicólogo Christopher Ferguson chegou à conclusão de que não existe uma ligação entre jogos violentos e comportamentos agressivos por parte dos jogadores, contrariando algumas investigações anteriores. 

O estudo, que está dividido em duas partes, primeiro analisa a violência nos filmes com a taxa de homicídios desde o século XX ao século XXI (de 1920 a 2005). Durante este período, mais precisamente a meio do século, foi observada uma relação moderada entre a violência nos filmes e a taxa de homicídio, mas tanto no início como no final do século XX a taxa de violência nos filmes está invertida comparativamente à taxa de homicídios, sendo uma prova de que não pode ser inferida uma relação causal entre os dois.

Na segunda parte do estudo o foco foram os jogos. Para chegar à conclusão delineada no início, os investigadores examinaram a taxa de violência nos jovens nas duas décadas anteriores e verificaram que apesar do aumento de consumo de jogos e da quantidade de violência contida neles, houve um decréscimo na violência juvenil, sugerindo que uma coisa não está relacionada com a outra.

O Independent acrescenta que o estudo critica investigações feitas anteriormente sobre este questão, apontando que nesses estudos os participantes foram submetidos a curtos clips em vez de experiências narrativas completas e que os comportamentos agressivos resultantes estavam fora de um contexto no mundo real e eram aprovados pelos próprios investigadores.”

Embora a gente saiba que o estudo não põe uma pedra no assunto, é uma satisfação perceber que novos estudos e análises estão sendo feitas com o objetivo de se aprofundar e encontrar relações reais entre os jogos e a violência. Já vimos em inúmeras pesquisas, o quanto os jogos podem ser benéficos, que temos razões científicas para jogar, mas ainda existe muito preconceito e o estereótipo do jogador ainda tem muito o que mudar. Os videogames são ferramentas poderosas, não se enganem, e podem realmente mudar nossas vidas, basta sermos realmente capazes de mostrar para aqueles que não jogam seu real poder e impacto positivo nas nossas vidas e o quanto podemos aprender e nos inspirar com nossas histórias favoritas.

Fontes: GameHall Network, Eurogamer.PT & Independent


Vendas de consoles crescem 33% no Brasil e de jogos 17%


pixel-art-consoleO mercado de entretenimento no Brasil teve vendas acumuladas de R$ 5,7 bilhões de janeiro a julho deste ano, o que equivale a um crescimento de 4% sobre 2013. Os dados foram apresentados na 11ª Conferência Anual da GfK – quarta maior empresa de pesquisa de mercado do mundo. De janeiro a julho de 2014, os consoles da nova geração respondem por 11% das unidades vendidas e 20% da receita.

Segundo a GfK, os números foram turbinados pelo desempenho do mercado de games  e a venda de jogos e consoles. Com crescimento de 11,5% em unidades vendidas, o mercado brasileiro de jogos  está na contramão da tendência global de retração. A receita com a venda de consoles no Brasil cresceu 33% e o jogos cresceram 17% em valor no mesmo período. Isso equivale a um faturamento de US$ 247,9 milhões, menor que o da Inglaterra (U$ 520 milhões), mas ainda à frente de Espanha (U$ 203,7 milhões) e Itália (U$ 194,4 milhões).

Jogos de futebol representaram uma fatia de 19% desse segmento, acima de Argentina (16%) e Portugal (14%). As vendas de equipamentos de nova geração equivalem a 20% do faturamento total e 11% das unidades vendidas no país. “Mas os consoles da geração antiga ainda representam 82% em volume de vendas” – afirma Oliver Röemerscheidt, Diretor de Unidade de Negócio da GfK. O executivo explica que o crescimento em faturamento foi muito maior na Inglaterra (208%), França (110%) e Alemanha (66%) por causa da venda de consoles de nova geração.

“Brasil e América Latina ainda crescem porque continuam consumindo jogos da geração anterior, assim como têm o adicional da nova geração. No Brasil, os jogos novos representam 8% das vendas em volume e 13% em valor”, destaca Röemerscheidt.

A publicação original é do IDG Now


Os videogames podem ser o próximo passo definitivo da educação?


Os jogos tem uma capacidade incrível de nos trazer boas lembranças, momentos inesquecíveis e eternos com base no entretenimento, não é mesmo? Mas nós sabemos que atualmente a indústria de games não se limita apenas à isso; muito pelo contrário, os games tem estado presentes em vários setores da sociedade, inclusive relacionado a educação, onde estes jogos que interagem com esse propósito são chamados de serious games.

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Indo mais a fundo, os serious games se caracterizam pela sua utilidade educativa, com o propósito de utilizar das características dos games em função de um ensinamento específico e útil ao jogador. É importante perceber que estamos inseridos em meio à formas de ensinos que cada vez se tornam mais obsoletas, onde os conteúdos que são abordados não conseguem relacionar-se inteiramente com o seu público em questão, não os despertando um grande interesse.

Games possuem características que promovem engajamento e imersão aos seres humanos, fazendo com que estes absorvam o conteúdo ali exposto de forma mais concreta.

Segundo Huizinga, autor do livro Homo Ludens: O jogo como elemento de cultura, é da natureza dos jogos criar uma sensação de alheamento da realidade. Dessa forma, os jogos são capazes de aumentar a concentração dentro do universo em que o jogo está inserindo, fazendo com que o jogador não se sinta apenas recebendo informações, mas vivenciando-as, e em consequência disso, aprendendo e absorvendo o conteúdo sem estar sendo diretamente objetivado à isso, como um dever.

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Nintendo utilizando o seu console como ferramenta educacional. – U.S

Nos serious games, é importante que o jogador esteja na função de ajudar na criação do jogo, o mesmo deve ser mais escritor do que leitor, contribuindo para que de fato haja a participação deste com o título e o que se deseja passar em questão.

Um exemplo do uso dos games direcionado ao aprendizado é a Escola Superior de Pedagogia em Karlsruhe, onde em 2012, teve um projeto europeu voltado ao aprendizado de idiomas através de universos virtuais em 3D. O coordenador desse projeto, o professor Gérald Schlemminger, linguista e pesquisador do ensino de línguas estrangeiras, cita que a plataforma de internet de jogos de interpretações de papéis e de simulação, possibilitam, através de avatares e outros recursos, o aprendizado de idiomas.

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Game “Frontiers – You´ve reached fortress Europe”

Já existem outros projetos e utilizações dos serious games, desde o treinamento em profissões específicas, como em médicos, até mesmo a interação com eventos históricos, como o game Frontiers – You´ve reached fortress Europe, criado pelo grupo Austríaco de artistas Gold Extra, onde o jogador é desafiado à entrar na Europa como refugiado; interagindo assim com a situação em que o país estava inserido.

Em resumo, é importante perceber como os jogos podem se relacionar com o jogador de diversas formas, desde o entretenimento, até mesmo promovendo um aprendizado específico através dos conceitos que permeiam os elementos dos games. Além disso, é necessário que os jogos possam se relacionar à essa função a cada dia mais, pois é possível trazer grandes benefícios à sociedade, fazendo com que assim seja percebido e absorvido o grande potencial que os games possuem em relação ao ensino.

Gérald Schlemminger, em relação aos games e o aprendizado, citou:
“Se os jogos sérios continuarem a ser vistos como um elemento isolado complementar às aulas tradicionais, eles não vão passar de uma “brincadeira tecnológica” divertida, mas muito trabalhosa. Eles só fazem sentido de fato se não continuarem num mundo de ficção, mas estabelecerem uma forte ligação com o aprendizado no ambiente da escola e também fora dela.”

Fontes:
Dw.de
SbgameGoethe 


Quando a história deve ser maior que o próprio jogo?


Esse é um daqueles posts que podem causar conflitos sem fim nos comentários e escolhi para iniciar minha jornada como colunista desse site exatamente porque tem uma visão que representa exatamente o que eu acredito em relação a games e propaganda.  Ele foi escrito originalmente para a storytellers brand’fiction.

Tradicionalmente o mundo das histórias tem uma relação complexa com os jogos. Isso porque quando os computadores começaram a permitir que jogos mais interessantes fossem desenvolvidos, os primeiros Game Designers não eram autores, eram programadores e caras de tecnologia – aliás essa é uma característica do mercado atual de desenvolvimento de jogos brasileiros.

Segundo Wendy Despain (International Game Developers Association) : A contratação de um ” escritor ” nestas grandes equipes de desenvolvimento é bastante nova . Até cerca de 2002 , game designers e programadores faziam o que hoje chamamos concepção narrativa e escrita de diálogo. Isso levou a criação de um mercado orientado pelo gameplay, mais do que pela história. Aliás Despain ainda afirma que “…jogos ainda estão em processo de descobrir como contar uma boa história , sem se tornar um filme ou outra coisa que não um jogo”.

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Mas calma, isso não significa que não vamos contar uma boa história com um jogo, aliás vários games fazem isso, entretanto quando levamos o comprometimento que uma mensagem empresarial necessita a história pode ser mais essencial que o gameplay e pra entender isso vamos voltar um pouco aos estudos de Huizinga.

Para ele “…no jogo existe alguma coisa em jogo, que transcende as necessidades imediatas da vida e confere um sentido a ação”.  Se correlacionarmos isso com o que dizem game designers podemos entender o que é essa “alguma coisa que confere sentido…” como o próprio Feil que conclui seu pensamento ” Jogos exigem um certo nível de elevada foco e tempo de reação para derrotar os desafios… não há tempo para ler histórias. No entanto, as pessoas anseiam histórias , pois elas lhe concedem uma motivação para ações como correr e saltar pelo game.”

Isso vem de encontro com outros estudiosos, que defendem que a história é o que dá o sentido a ação no jogo. O que faz valer a pena você passar por horas em quests repetitivas sem se frustrar.

Então podemos perceber duas possibilidades de interações: Na primeira o jogador tem um divertimento, que pode ser extremo, mas é um entretenimento baseado em imersões estratégicas ou táticas, com a possibilidade de uma ficção mínima, ou seja, quase sem histórias (e em alguns casos sem histórias mesmo).

Porém este divertimento não tem um campo de ressonância tão potente quanto a imersão narrativa – o player jogador tem uma interação baseada na sua função e não no contexto do game. A imersão narrativa é a nossa segunda possibilidade, mas precisamos fazer um breve disclaimer pra inserir informações pertinentes sobre ela.

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Huizinga defende que toda a sociedade foi construída no “espírito de jogo” e realmente ele está presente em tudo, mas sempre ao lado de uma mitologia, afinal são elas as únicas forças capazes de sustentar (inclusive) a existência da vida. As histórias mantiveram pessoas unidas (durante o nascimento da sociedade), celebrando rituais em lugares sagrados do mesmo modo que mantém jovens em lan houses ou em suas casas montando guildas para acabar com um grande mal. Isso é bem descrito na obra de Campbell, O Poder do Mito.

Para ele as mitologias são “Música que nós dançamos mesmo quando não somos capazes de reconhecer a melodia”, que assim como nos games nos explica o porque somos permitidos fazer ações e confere sentido a ela. Ações como o ato de se socializar ou não com as pessoas, matar certos animais ou retirar a própria vida.

Quando um jogador experimenta um mito dentro do jogo (através da imersão narrativa), vários dos elementos que encontra não ficam restrito a aquele ambiente. A celebração por completar uma quest, alcançar uma vitória e experimentar um combate épico com um aliado inesperado não pode ser aprisionada no universo digital, ela transgride a barreira ou como diria o Castronova “O mundo sintético”. Essas sensações se tornam reais aqui no nosso mundo e as interações sociais criadas por guildas dentro e fora do universo de jogo é um indício desses elementos criados dentro do círculo mágico, mas que atravessa para a realidade de suas vidas.

Então quando o Gameplay deve ficar em segundo plano?

historia-M&G-01De preferência nunca. Uma grande narrativa interativa compreende um grande gameplay. Mas a questão é que em alguns casos como na produção dos chamados Advergames, Args e qualquer ação de storytelling interativo com foco em mensagens publicitárias ou empresariais deve-se pensar em levar para a vida das pessoas a essência da sua marca. Jogos baseados em gameplay puro podem ser muito eficientes para promoções esporádicas, aonde se mantém ranks dos seus clientes, mas um game com um storyworld bem elaborado pode criar uma verdadeira comunidade engajada.

Isso implica mesmo em um tempo maior de produção e se for de maneira bem executada o retorno também pode ser apreciado e longo prazo. Praticamente as histórias definem culturas e o espírito do jogo ou o jogo em si pode ser a ferramenta para que essa cultura seja moldada. Em tempos aonde muitos empresários e diretores de marketing pensam em criar defensores fiéis das suas marcas, investir em uma boa história dentro de um bom jogo é mesmo algo a se relevar.


Por que gostamos de sentir medo nos Games?


Há tempos a ciência tenta entender por que nós, seres  humanos que evoluímos na busca pela felicidade e pelo conforto, gostamos de sentir medo. O medo é uma reação de alerta muito importante para a sobrevivência dos seres humanos, é uma sensação que ocorre em consequência da liberação de hormônios como a adrenalina e dopamina, que causam imediata aceleração dos batimentos cardíacos, uma resposta natural do organismo a uma estimulação aversiva, física ou mental, cuja função é preparar o indivíduo para uma possível luta ou fuga.

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Márcio Bernik

Márcio Bernik, Diretor do Laboratório de Ansiedade do Instituto de Psiquiatria da USP
“Nossa mente é tão complexa que consegue associar o pavor a algo completamente oposto como o prazer”
“A intensidade do medo gera a parte física, como o suor nas mãos e o coração batendo, mas os sentimentos, pensamentos e emoções associadas a isso são condicionados. Por isso é possível transformar os estímulos de terror em algo positivo.”


Mas porque algumas pessoas gostam de sentir medo mais do que outras? A resposta pode estar em um aspecto da personalidade dos indivíduos conhecida como busca de sensações. Pessoas que buscam sensações respondem mais a experiências intensas como jogos de terror. Tais experiências podem assumir a forma de aventuras reais como pular de para-quedas, ou podem ser atividades como assistir a um filme de terror intenso… ou jogar Outlast. 😉

Os jogos que tem o objetivo de nos transmitir medo, são em geral chamados de “Survival-Horror” – os jogos desse gênero tem por objetivo sobreviver a fatos geralmente incompreendidos e misteriosos, que ao longo do desenrolar do jogo vão sendo desvendados de maneira assustadora e surpreendente. Iniciado na década de 90 pela franquia Alone in the Dark, o gênero se popularizou e tem grandes sucessos no currículo como Resident Evil e Silent Hill. Atualmente os survival-horrors se expandiram e diversificaram, dividindo-se entre estilos de terror sobrenatural, psicológico, que envolvem pesquisas biológicas, zumbis, fantasmas e tudo mais que possa apavorar os jogadores.

Recentemente o gênero ganhou imensa visibilidade com o anuncio do novo game da série de terror “Silent Hill” que está sendo produzido por Hideo Kojima, criador da franquia “Metal Gear Solid”, e pelo cineasta Guillermo del Toro (“Círculo de Fogo”, “Labirinto do Fauno”) que surpreendeu a todos por contar com a participação do ator Norman Reedus, o Daryl Dixon da série de TV “The Walking Dead”. Chamado de “Silent Hills” e revelado durante a conferência da Sony na Gamescom, na Alemanha, “Silent Hills” usará o motor gráfico Fox Engine, o mesmo de “Metal Gear Solid V: The Phantom Pain”- o que certamente tornará o jogo mais realista e assustador…

Foram lançados diversos vídeos e teasers, incluindo as reações de alguns jogadores. Se você gosta de sentir medo, acompanhe as novidades desse game, ele promete levar sua experiência em outro nível!

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ME-DO!

Fontes Revista Época, Hypecience, GameVício e G1 Tecnologia e Games