Estudo conclui que não existe relação entre violência e videogames

A matéria publicada no site Eurogamer afirma que “um estudo conduzido pelo psicólogo Christopher Ferguson chegou à conclusão de que não existe uma ligação entre jogos violentos e comportamentos agressivos por parte dos jogadores, contrariando algumas investigações anteriores. 

O estudo, que está dividido em duas partes, primeiro analisa a violência nos filmes com a taxa de homicídios desde o século XX ao século XXI (de 1920 a 2005). Durante este período, mais precisamente a meio do século, foi observada uma relação moderada entre a violência nos filmes e a taxa de homicídio, mas tanto no início como no final do século XX a taxa de violência nos filmes está invertida comparativamente à taxa de homicídios, sendo uma prova de que não pode ser inferida uma relação causal entre os dois.

Na segunda parte do estudo o foco foram os jogos. Para chegar à conclusão delineada no início, os investigadores examinaram a taxa de violência nos jovens nas duas décadas anteriores e verificaram que apesar do aumento de consumo de jogos e da quantidade de violência contida neles, houve um decréscimo na violência juvenil, sugerindo que uma coisa não está relacionada com a outra.

O Independent acrescenta que o estudo critica investigações feitas anteriormente sobre este questão, apontando que nesses estudos os participantes foram submetidos a curtos clips em vez de experiências narrativas completas e que os comportamentos agressivos resultantes estavam fora de um contexto no mundo real e eram aprovados pelos próprios investigadores.”

Embora a gente saiba que o estudo não põe uma pedra no assunto, é uma satisfação perceber que novos estudos e análises estão sendo feitas com o objetivo de se aprofundar e encontrar relações reais entre os jogos e a violência. Já vimos em inúmeras pesquisas, o quanto os jogos podem ser benéficos, que temos razões científicas para jogar, mas ainda existe muito preconceito e o estereótipo do jogador ainda tem muito o que mudar. Os videogames são ferramentas poderosas, não se enganem, e podem realmente mudar nossas vidas, basta sermos realmente capazes de mostrar para aqueles que não jogam seu real poder e impacto positivo nas nossas vidas e o quanto podemos aprender e nos inspirar com nossas histórias favoritas.

Fontes: GameHall Network, Eurogamer.PT & Independent

Author: Bruna Novo
Publicitária do interior do Rio de Janeiro mudou-se para São Paulo em busca de uma oportunidade no mercado de games. Passou pela Hoplon, Atrativa e Hive Digital Media especializando-se na atuação como social media e community manager com foco em jogos.

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