Tag Archives gameplay


“SBT Games” é a aposta do SBT para trazer o Universo Gamer a TV aberta


sbt-games-marketing-games-01Apostando em novidades e atenta a área de tecnologia, O SBT traz para a televisão o universo dos games dentro do programa “Okay Pessoal!!!” apresentado por Otávio Mesquita.

sbt-games-marketing-games-02Sucesso na internet o “SBT Games, é um canal da emissora no Youtube voltado para conteúdos de Gameplay, apresentado por Digaum Spinetti o canal conta com vídeos nos quais todas as experiências de jogadores são registradas durantes as partidas.

sbt-games-marketing-games-03

Digaum Spinetti

Otávio Mesquita e o especialista em games, Digaum, irão apresentar as principais notícias do universo dos jogos online e dar dicas de lançamentos para Playstation, Xbox e PC. Além disso, os dois apresentadores jogarão alguns dos games para demonstrá-los ao público, sempre com comentários engraçados e irreverentes durante a jogatina.

Prepare-se para acompanhar em breve o “SBT Games” na TV todas as sextas-feiras , dentro do “Okay Pessoal!!!“, programa que vai ao ar nas madrugadas de segunda a sexta-feira, sempre após o ‘Jornal do SBT’.

Fonte: www.sbt.com.br
www.comunique-se.com.br


Quando a história deve ser maior que o próprio jogo?


Esse é um daqueles posts que podem causar conflitos sem fim nos comentários e escolhi para iniciar minha jornada como colunista desse site exatamente porque tem uma visão que representa exatamente o que eu acredito em relação a games e propaganda.  Ele foi escrito originalmente para a storytellers brand’fiction.

Tradicionalmente o mundo das histórias tem uma relação complexa com os jogos. Isso porque quando os computadores começaram a permitir que jogos mais interessantes fossem desenvolvidos, os primeiros Game Designers não eram autores, eram programadores e caras de tecnologia – aliás essa é uma característica do mercado atual de desenvolvimento de jogos brasileiros.

Segundo Wendy Despain (International Game Developers Association) : A contratação de um ” escritor ” nestas grandes equipes de desenvolvimento é bastante nova . Até cerca de 2002 , game designers e programadores faziam o que hoje chamamos concepção narrativa e escrita de diálogo. Isso levou a criação de um mercado orientado pelo gameplay, mais do que pela história. Aliás Despain ainda afirma que “…jogos ainda estão em processo de descobrir como contar uma boa história , sem se tornar um filme ou outra coisa que não um jogo”.

 historia-M&G-02

Mas calma, isso não significa que não vamos contar uma boa história com um jogo, aliás vários games fazem isso, entretanto quando levamos o comprometimento que uma mensagem empresarial necessita a história pode ser mais essencial que o gameplay e pra entender isso vamos voltar um pouco aos estudos de Huizinga.

Para ele “…no jogo existe alguma coisa em jogo, que transcende as necessidades imediatas da vida e confere um sentido a ação”.  Se correlacionarmos isso com o que dizem game designers podemos entender o que é essa “alguma coisa que confere sentido…” como o próprio Feil que conclui seu pensamento ” Jogos exigem um certo nível de elevada foco e tempo de reação para derrotar os desafios… não há tempo para ler histórias. No entanto, as pessoas anseiam histórias , pois elas lhe concedem uma motivação para ações como correr e saltar pelo game.”

Isso vem de encontro com outros estudiosos, que defendem que a história é o que dá o sentido a ação no jogo. O que faz valer a pena você passar por horas em quests repetitivas sem se frustrar.

Então podemos perceber duas possibilidades de interações: Na primeira o jogador tem um divertimento, que pode ser extremo, mas é um entretenimento baseado em imersões estratégicas ou táticas, com a possibilidade de uma ficção mínima, ou seja, quase sem histórias (e em alguns casos sem histórias mesmo).

Porém este divertimento não tem um campo de ressonância tão potente quanto a imersão narrativa – o player jogador tem uma interação baseada na sua função e não no contexto do game. A imersão narrativa é a nossa segunda possibilidade, mas precisamos fazer um breve disclaimer pra inserir informações pertinentes sobre ela.

historia-M&G-02

Huizinga defende que toda a sociedade foi construída no “espírito de jogo” e realmente ele está presente em tudo, mas sempre ao lado de uma mitologia, afinal são elas as únicas forças capazes de sustentar (inclusive) a existência da vida. As histórias mantiveram pessoas unidas (durante o nascimento da sociedade), celebrando rituais em lugares sagrados do mesmo modo que mantém jovens em lan houses ou em suas casas montando guildas para acabar com um grande mal. Isso é bem descrito na obra de Campbell, O Poder do Mito.

Para ele as mitologias são “Música que nós dançamos mesmo quando não somos capazes de reconhecer a melodia”, que assim como nos games nos explica o porque somos permitidos fazer ações e confere sentido a ela. Ações como o ato de se socializar ou não com as pessoas, matar certos animais ou retirar a própria vida.

Quando um jogador experimenta um mito dentro do jogo (através da imersão narrativa), vários dos elementos que encontra não ficam restrito a aquele ambiente. A celebração por completar uma quest, alcançar uma vitória e experimentar um combate épico com um aliado inesperado não pode ser aprisionada no universo digital, ela transgride a barreira ou como diria o Castronova “O mundo sintético”. Essas sensações se tornam reais aqui no nosso mundo e as interações sociais criadas por guildas dentro e fora do universo de jogo é um indício desses elementos criados dentro do círculo mágico, mas que atravessa para a realidade de suas vidas.

Então quando o Gameplay deve ficar em segundo plano?

historia-M&G-01De preferência nunca. Uma grande narrativa interativa compreende um grande gameplay. Mas a questão é que em alguns casos como na produção dos chamados Advergames, Args e qualquer ação de storytelling interativo com foco em mensagens publicitárias ou empresariais deve-se pensar em levar para a vida das pessoas a essência da sua marca. Jogos baseados em gameplay puro podem ser muito eficientes para promoções esporádicas, aonde se mantém ranks dos seus clientes, mas um game com um storyworld bem elaborado pode criar uma verdadeira comunidade engajada.

Isso implica mesmo em um tempo maior de produção e se for de maneira bem executada o retorno também pode ser apreciado e longo prazo. Praticamente as histórias definem culturas e o espírito do jogo ou o jogo em si pode ser a ferramenta para que essa cultura seja moldada. Em tempos aonde muitos empresários e diretores de marketing pensam em criar defensores fiéis das suas marcas, investir em uma boa história dentro de um bom jogo é mesmo algo a se relevar.


A Arte do Fracasso – Se sabemos que vamos perder, por que insistimos no jogo?


A visão de uma Bonfire em Dark Souls é a redenção. Depois de quase morrer diversas vezes, passar por inimigos quase impossíveis de derrotar e acumular milhares de almas, aquela pequena luz traz a tranquilidade tão sonhada. Pronto. As almas estão garantidas. Pelo menos até você se distanciar da fogueira…

Dark-Souls-2-Bonfire-prayer

Dark Souls e sua sequência são considerados jogos extremamente difíceis. São horas de gameplay compostos por inúmeras mortes do personagem. Por outro lado, é um jogo extremamente divertido e um sucesso no mercado. Se sabemos que vamos perder, por que insistimos no jogo?

Em A Arte do Fracasso, (no original The Art of Failure), Jesper Juul nos introduz o “Paradoxo do Fracasso”: nós geralmente evitamos o fracasso; nós falhamos quando jogamos video games; nós jogamos, apesar de saber que experimentaremos algo que normalmente evitamos.

Ou seja, perder faz parte do processo de jogar. E, no caso de Dark Souls, isto é ainda mais evidente: você morrerá, isto é certo, e morrerá centenas de vezes. Entretanto, a possibilidade de derrota é fundamental para a experiência, pois estimula o jogador a correr atrás, a melhorar sua performance. Obviamente, o segredo está no equilíbrio: é preciso dificultar o progresso do jogador, mas também é essencial dar-lhe a chance de se redimir.

O importante é manter a dificuldade no âmbito da habilidade humana em executar a ação. Se o sistema é o culpado pela derrota, não há nada que o jogador possa fazer para vencê-lo. Contudo, se a culpa for da inaptidão do jogador, então este ainda pode dar a volta por cima.

nes_gaiden-personagem

Ninja Gaiden – NES

Jogos anteriores à década de 1980 e 1990 não eram feitos necessariamente para o jogador concluí-los. Alguém chegou ao final de River Raid? Pitfall? Ninja Gaiden? – era preciso muita paciência, vidas extras, passwords e códigos Konami para isso. Já os jogos atuais estão cada vez mais fáceis; quase todas as produções permitem que o jogador chegue ao final. É uma questão de tempo, não de habilidade.

Dark Souls, por sua vez, trouxe de volta a necessidade de se aperfeiçoar a fim de concluir os objetivos. A cada derrota, o jogador é obrigado a repensar sua estratégia. Raramente o macete de ficar batendo sem parar funciona com os chefes neste jogo (uma porrada deles e já era…). Não há dicas ao longo do gameplay, com indicações na tela de onde ir e o que fazer – não há nem um mapa… Um pequeno tutorial lhe passa os comandos e o objetivo principal e só. O resto é com o jogador.

Há pessoas mais radicais, que ainda criticam a existência do tutorial. Para elas, o aprendizado deve ser feito através de tentativa e erro. Mas não precisamos ser assim tão extremos… Pense no tutorial como uma ferramenta democrática, que permite que qualquer pessoa seja capaz de iniciar uma partida. É comercialmente benéfico e ajuda o jogador, mesmo o mais experiente, a entrar no clima e imergir no mundo do jogo. Não será isso que tornará o jogo mais ou menos fácil.

A presença de um período de aprendizado não exclui a possibilidade de derrota no jogo, apenas colabora para o conhecimento de sua lógica. A chance do fracasso, e a derrota em si, criam suspense e tensão em função da incerteza sobre o universo do jogo. E isso é fundamental para o divertimento.

413HPcctSrL

 

The Art of Failure: An Essay on the Pain of Playing Video Games
Jesper Juul
Playful Thinking series
176 páginas
The MIT Press; 1st Edition


Youtube, Twitch e o futuro da gravação de Gameplays


O mundialmente conhecido e acessado YouTube, pretende comprar a Twitch, empresa especializada em streaming de vídeos de games, por mais de 1 bilhão de dólares. A notícia foi divulgada pela revista Variety e pelo jornal The Wall Street Journal que classificaram a negociação como “iminente”, ou seja, trata-se de um contrato praticamente certo e em vias de ser concretizado. 

A Twitch foi fundada em 2011  pelos co-fundadores do Justin.tv, Justin Kan e Emmett Shear e desde então se transformou na mais importante plataforma mundial de streaming de vídeos de games. Segundo dados publicados pelo DeepField, um milhão de usuários únicos transmitem vídeos utilizando a plataforma todos os meses, chegando até mesmo a apresentar picos maiores de tráfego que o próprio YouTube.

Na onda de aquisições e negociações surge um rumor, diversas fontes confirmaram ao Re/code que o Yahoo se prepara para colocar um novo site de vídeos no ar. Supostamente para conseguir competir com o Youtube, o site de vídeos do Yahoo ofereceria benefícios para canais populares do YouTube, ajudando-os a gerar receita suficiente para crescer como empresas viáveis e se aproveitando de uma falha conhecida da concorrente. Outros rumores mencionam a compra do site News Distribution Network (NDN) por cerca de US$ 300 milhões.

youtube-twitch-youtwitchMas como isso afeta os produtores de conteúdo online, os jogadores e o mercado de games? O tema será discutido hoje à noite, às 20h em um hangout onde um grupo de amigos se reúne para falar sobre games, discutiremos a investida das fabricantes de consoles nesta área e como essa tendência está mudando a maneira como buscamos informações sobre determinados jogos, além da indústria como um todo. Participe deixando comentários e perguntas no Twitter, pelo canal do Youtube e pela hashtag #VidaExtra.

Para assistir e participar da nossa conversa sobre o streaming de vídeos hoje às 20h, acesse o canal Vida Extra.