A “maldição” dos games que viraram filmes

Estaria o cinema assim tão distante dos games que toda adaptação de um jogo para o cinema estaria fatalmente destinada ao fracasso e a rejeição dos fãs e admiradores da cultura gamer? A verdade que todos nós já sabemos é que os filmes muitas vezes não são bons e passam longe de retratar a experiência sentida pelo jogador quando ele está no comando. As produções costumam ser decepcionantes e poucos foram os sucessos de bilheteria. Conheça abaixo alguns clássicos fracassos de adaptações de games para o cinema:

mario

“Super Mario Bros.” (1993)

O roteiro bizarro coloca os encanadores do Brooklyn em uma dimensão paralela onde os dinossauros não foram extintos e evoluíram como os seres humanos – WAT?

 

double dragon poster“Double Dragon” (1994)

Tá. Esse aqui até que foi mais ou menos. O enredo é semelhante ao do jogo, se passa em um mundo pós-apocalíptico onde gangues brigam nas ruas em disputas de territórios. O filme passou a ser um relativo sucesso quando foi lançado nas locadoras atraindo a molecada que na década de 90 tinha esse hábito.

 

street“Street Fighter” (1994)

Jean-Claude Van Damme reinava com o cabelinho do Guile e o enredo do filme passou longe do jogo em vários pontos, Chun-Li era uma repórter, E. Honda cinegrafista e Blanka virou um monstro após uma experiência feita por Dhalsim – mas de onde tiraram essa ideia?! Para piorar a cantora Kyle Minogue interpretou a Cammy. Só por Deus.

 

mortal“Mortal Kombat” (1995)

Os cenários, os atores a história e seus personagens não fugiram muito do que foi visto no jogo, até o monstro Goro, um dos chefes finais, aparecia com seus quatro braços no filme. Bem legal.

 

tomb“Tomb Raider” (2001)

Angelina Jolie, sua linda, sua beleza foi o destaque,  as cenas de ação não agradaram muito, embora o filme tenha obtido sucesso comercial. Rolou até uma continuação em 2003, “Tomb Raider: The Cradle of Life”, mas o sucesso não foi o mesmo.

 

resident“Resident Evil” (2002)

Oi Alice, em qual jogo você aparece mesmo? Enfim… O roteiro segue mais ou menos o do jogo exceção da personagem principal, inédita na série. Personagens conhecidos dos fãs como Jill Valentine e Chris Redfield  fazem pequenas participações nos filmes que tiveram quatro sequências: “Resident Evil 2: Apocalipse” (2004), “Resident Evil 3: A Extinção” (2007), “Resident Evil 4: Recomeço” (2010) e “Resident Evil 5: Retribuição” (2012). O filme “Resident Evil 6” que será lançado para 2015.

 

final“Final Fantasy” (2001)

O problema aqui foram os personagens, eles não pareciam ter vida, além de movimentos mais duros do que os heróis dos videogames, falharam em não ter retratado elementos conhecidos da série, como as magias e batalhas.

 

prince“Prince of Persia” (2010)

O filme tinha tudo para ser o melhor filme baseado em games já feito, a expectativa foi alta, mas abusando dos efeitos especiais e com um roteiro reescrito diversas vezes, o filme foi bom mas não bombou. Vai entender.

 

Entre outras produções conhecidas, temos Dwayne “The Rock” Johnson que lutou contra demônios em “Doom: A Porta do Inferno” (2005), Christian Slater que viveu Edward Carnby em “Alone in the Dark: O Despertar do Mal” (2005), o diretor Christophe Gans, responsável por “Terror em Silent Hill” (2006) que utilizou a trilha sonora dos próprios jogos em sua adaptação, o alemão Til Schweiger que interpretou Jack Carver em “Far Cry” (2008), Timothy Olyphant no papel do Assassino 47 em “Hitman” (2008), Mark Walhberg em “Max Payne” (2008) e a canadense Kristin Kreuk como Chun-Li em “Street Fighter: The Legend of Chun-Li” (2009).

Fica nossa dúvida, qual será o erro dos roteiristas, diretores e produtores na adaptação, falta jogar? Falta conhecer e respeitar o enredo dos games? Com tantas produções que erraram em pontos semelhantes, ficamos sem saber o que esperar do futuro das adaptações, apenas torcemos para que os responsáveis pelas próximas produções compreendam a necessidade de se aproximar dos jogos na busca por retratar nas telas a experiência que o jogador tem nos games.

Author: Bruna Novo
Publicitária do interior do Rio de Janeiro mudou-se para São Paulo em busca de uma oportunidade no mercado de games. Passou pela Hoplon, Atrativa e Hive Digital Media especializando-se na atuação como social media e community manager com foco em jogos.

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