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Como fazer com que falem sobre o seu jogo nos canais mais acessados de Games?


Uma maneira simples, efetiva e sem custo é tentar que publiquem seus textos, escrevam ou falem sobre o seu jogo nos canais de comunicação da área. Pode ser revista impressa, sites de jogos, canais no Youtube, etc.

Para você conseguir sucesso nessa etapa, siga os passos a seguir:

  • Procures sites e revistas que você quer e pode aparecer – distingua as duas categorias. Como desenvolvedor indie, é claro que você quer estar nas maiores revistas da área, mas nem sempre é o local onde seus jogadores estarão;
  • Escreva o nome dessas publicações/canais em uma planilha;
  • Classifique estes canais baseados em 3 categorias de tráfego: eles possuem muito acesso, médio acesso e pouco acesso.
  • Encontre o contato dos escritores. A maioria dos sites tem num link pequeno de “editores do site” e nele você vai encontrar todas as informações que quer. Coloque o que for útil na tabela;
  • Entre em contato. Para isso, crie um modelo de email para introduzir seu jogo e você. Também tenha certeza que o email responde à perguntas do escritor como “por que meus leitores vão gostar do seu jogo?”.  Você deve customizar o modelo de acordo com cada editor/site e anexar suas screenshots, trailer e press release;
  • Escreva notas de agradecimento. Isso não é muito comum no meio dos editores e é uma ótima forma de se relacionar com eles. Agradeça ao escritor que divulga o seu email, republica o press release ou escreve um artigo. Agradecer por email é válido, mas uma carta escrita à mão leva a interação para um outro nível;
  • Mantenha contato. Você passou muito tempo pesquisando e construindo esse contato, então o mantenha. Fale um “oi” nas mídias sociais, escreva comentários nos textos que eles escrevem e esteja presente onde o escritor estiver.

Como fazer marketing para games sem gastar muito dinheiro

Existem 3 passos para ter sucesso no marketing:

  1. Como criar materiais promocionais incríveis para Games;
  2. Como fazer com que falem sobre o seu jogo nos canais mais acessados de Games;
  3. Como construir uma comunidade de fãs com foco em games.

Acesse os links acima e descubra passo-a-passo como realizar estas estratégias!

Fonte: www.producaodejogos.com
Fonte: www.blog.gamedonia.com


Quando a história deve ser maior que o próprio jogo?


Esse é um daqueles posts que podem causar conflitos sem fim nos comentários e escolhi para iniciar minha jornada como colunista desse site exatamente porque tem uma visão que representa exatamente o que eu acredito em relação a games e propaganda.  Ele foi escrito originalmente para a storytellers brand’fiction.

Tradicionalmente o mundo das histórias tem uma relação complexa com os jogos. Isso porque quando os computadores começaram a permitir que jogos mais interessantes fossem desenvolvidos, os primeiros Game Designers não eram autores, eram programadores e caras de tecnologia – aliás essa é uma característica do mercado atual de desenvolvimento de jogos brasileiros.

Segundo Wendy Despain (International Game Developers Association) : A contratação de um ” escritor ” nestas grandes equipes de desenvolvimento é bastante nova . Até cerca de 2002 , game designers e programadores faziam o que hoje chamamos concepção narrativa e escrita de diálogo. Isso levou a criação de um mercado orientado pelo gameplay, mais do que pela história. Aliás Despain ainda afirma que “…jogos ainda estão em processo de descobrir como contar uma boa história , sem se tornar um filme ou outra coisa que não um jogo”.

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Mas calma, isso não significa que não vamos contar uma boa história com um jogo, aliás vários games fazem isso, entretanto quando levamos o comprometimento que uma mensagem empresarial necessita a história pode ser mais essencial que o gameplay e pra entender isso vamos voltar um pouco aos estudos de Huizinga.

Para ele “…no jogo existe alguma coisa em jogo, que transcende as necessidades imediatas da vida e confere um sentido a ação”.  Se correlacionarmos isso com o que dizem game designers podemos entender o que é essa “alguma coisa que confere sentido…” como o próprio Feil que conclui seu pensamento ” Jogos exigem um certo nível de elevada foco e tempo de reação para derrotar os desafios… não há tempo para ler histórias. No entanto, as pessoas anseiam histórias , pois elas lhe concedem uma motivação para ações como correr e saltar pelo game.”

Isso vem de encontro com outros estudiosos, que defendem que a história é o que dá o sentido a ação no jogo. O que faz valer a pena você passar por horas em quests repetitivas sem se frustrar.

Então podemos perceber duas possibilidades de interações: Na primeira o jogador tem um divertimento, que pode ser extremo, mas é um entretenimento baseado em imersões estratégicas ou táticas, com a possibilidade de uma ficção mínima, ou seja, quase sem histórias (e em alguns casos sem histórias mesmo).

Porém este divertimento não tem um campo de ressonância tão potente quanto a imersão narrativa – o player jogador tem uma interação baseada na sua função e não no contexto do game. A imersão narrativa é a nossa segunda possibilidade, mas precisamos fazer um breve disclaimer pra inserir informações pertinentes sobre ela.

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Huizinga defende que toda a sociedade foi construída no “espírito de jogo” e realmente ele está presente em tudo, mas sempre ao lado de uma mitologia, afinal são elas as únicas forças capazes de sustentar (inclusive) a existência da vida. As histórias mantiveram pessoas unidas (durante o nascimento da sociedade), celebrando rituais em lugares sagrados do mesmo modo que mantém jovens em lan houses ou em suas casas montando guildas para acabar com um grande mal. Isso é bem descrito na obra de Campbell, O Poder do Mito.

Para ele as mitologias são “Música que nós dançamos mesmo quando não somos capazes de reconhecer a melodia”, que assim como nos games nos explica o porque somos permitidos fazer ações e confere sentido a ela. Ações como o ato de se socializar ou não com as pessoas, matar certos animais ou retirar a própria vida.

Quando um jogador experimenta um mito dentro do jogo (através da imersão narrativa), vários dos elementos que encontra não ficam restrito a aquele ambiente. A celebração por completar uma quest, alcançar uma vitória e experimentar um combate épico com um aliado inesperado não pode ser aprisionada no universo digital, ela transgride a barreira ou como diria o Castronova “O mundo sintético”. Essas sensações se tornam reais aqui no nosso mundo e as interações sociais criadas por guildas dentro e fora do universo de jogo é um indício desses elementos criados dentro do círculo mágico, mas que atravessa para a realidade de suas vidas.

Então quando o Gameplay deve ficar em segundo plano?

historia-M&G-01De preferência nunca. Uma grande narrativa interativa compreende um grande gameplay. Mas a questão é que em alguns casos como na produção dos chamados Advergames, Args e qualquer ação de storytelling interativo com foco em mensagens publicitárias ou empresariais deve-se pensar em levar para a vida das pessoas a essência da sua marca. Jogos baseados em gameplay puro podem ser muito eficientes para promoções esporádicas, aonde se mantém ranks dos seus clientes, mas um game com um storyworld bem elaborado pode criar uma verdadeira comunidade engajada.

Isso implica mesmo em um tempo maior de produção e se for de maneira bem executada o retorno também pode ser apreciado e longo prazo. Praticamente as histórias definem culturas e o espírito do jogo ou o jogo em si pode ser a ferramenta para que essa cultura seja moldada. Em tempos aonde muitos empresários e diretores de marketing pensam em criar defensores fiéis das suas marcas, investir em uma boa história dentro de um bom jogo é mesmo algo a se relevar.


Videogames podem estimular e melhorar a interação social entre as pessoas!


Muitos de nós já passamos horas jogando com um grupo de amigos sem ver nem o tempo passar, não é mesmo? O sentimento de nostalgia e saudosismo é algo recorrente quando se trata dos dias que eram acompanhados de grandes jogatinas, seja na casa de um amigo ou na locadora que você não conseguia sair de dentro. Nesses momentos muitas histórias aconteceram, acompanhadas de bons momentos e grandes lembranças. Hoje em dia, mesmo que seja diferente, é possível expandir essas sensações através das experiências onlines, onde é possível ter contato com pessoas de diferentes lugares, não necessariamente estando presente fisicamente; os tempos mudaram, a forma de interagir também, porém o mesmo intuito permanece: reunir pessoas para jogar videogame.

gamer-02Os jogos possuem benefícios que vão desde a melhoria do funcionamento do cérebro, até mesmo os ensinamentos morais que o mesmo pode proporcionar. Dentro deste contexto, o videogame tem se provado contrário à muitos estereótipos que foram criados com o decorrer do tempo, como a visão de jogadores serem pessoas isoladas e com problemas de socialização. Esse fato se alia com diversos motivos, desde os pré-conceitos estabelecidos daqueles que apenas têm um contato superficial com os jogos, até o fato de não conseguir se relacionar um produto que seja necessário concentração e grande dedicação durante o seu processo. Porém, como jogadores, nós sabemos como o videogame nos proporcionou grandes amizades e momentos inesquecíveis com o nossos companheiros de jogatina.

Segunda uma pesquisa feita pela American Psychologist Association em 2013 relacionado à jogadores de videogame, mais de 70% dos que foram estudados estão acompanhados de pelo menos um amigo durante a jogatina, além outras milhões que participam de comunidades virtuais sobre os jogos ou mesmo dentro dos jogos, quando as plataformas são online. Além disso, o estudo ainda aponta que os jogos multiplayer se tornaram comunidades virtuais, onde as decisões precisam ser tomadas rapidamente sobre quem confiar e liderar dentro do grupo.

online-gamersPartindo do que foi percebido pelo estudo, é possível perceber como o videogame estimula os jogadores à manterem relações sociais com seus companheiros de jogatina, sejam amigos ou conhecidos de uma rede online. Dessa maneira, os jogos possibilitam que os seus jogadores possam se comunicar, relacionar e vivenciar grandes momentos ao lado de outras pessoas, sendo grande o fator de estímulo à socialização, contribuindo em diversas áreas relacionadas ao ser humano. Além disso, essa interação social não se restringe apenas desta maneira, podendo também ser fator crucial dentro do relacionamento familiar, ampliando a relação de lazer e companheirismo, permitindo momentos agradáveis e um estreitamento de laços dentro do convívio familiar.

Blenda de Oliveira, psicóloga especializada em psicoterapia Infantil e familiar
É importante que os próprios pais estimulem o contato com jogos que sejam em grupo, ou em mais de uma pessoa; dessa maneira, permitindo grandes momentos em família.

Em suma, é perceptível que o videogame utrapassa barreiras básicas de seu conceito, indo afundo em seus benefícios, não se resumindo apenas ao entretenimento. Além disso, é importante que tais fatos não sejam vistos apenas por nós (jogadores), mas pelos grupos que compõem a nossa sociedade, sendo possível destruir tais estereótipos que impedem que os jogos sejam mais utilizados em favor do que vai desde o núcleo do entretenimento, até mesmo da educação e relações sociais.

Fonte: www.minhavida.com.br