Fazer ou não: Uma solução para Graduação em Jogos Digitais

Primeiramente agradeço a todos pelos feedbacks que recebi em meus artigos. Expressar pela primeira vez como vejo os desafios do mercado nacional e perceber que mais pessoas pensam da mesma forma é reconfortante. Hoje responderei tentarei responder a pergunta abordada em meu primeiro post: qual o melhor caminho no cenário atual brasileiro se não acredito que um diploma em jogos digitais seja a melhor opção?

group of young college graduates and professor at graduation

A resposta que tenho é questionável, mas é mais simples do que parece: faça um curso conhecido, sólido. Curse sistema de informações, cinema de animação, administração. Já ouviu aquela famosa frase: faculdade é você quem faz? É a verdade nua e crua; mesmo possuindo bons professores e uma boa estrutura, sem interesse ninguém chega a lugar nenhum.

Se você tem vontade de fazer animações para jogos, mas na graduação em cinema de animação só anima caixas: crie um novo contexto, explore o diferente. Porque sua caixa não pode ter asas em um cenário apocalíptico? E se eu fizer administração e quiser ser game designer? O que tem haver? Em qualquer projeto lidamos com pessoas, trabalhamos em equipe; e se seu foco fosse recursos humanos aplicados a estúdios de jogos? Conhece alguém que faça isso? Não? Nem eu! Porque não ser o primeiro? Porque não criar/recriar métodos para profissionais que fazem parte de uma nova realidade e são forçados a utilizar metodologias antigas de trabalho?

É fato que a graduação em outra área te exigirá criatividade e se não se considera um, deixo dicas que podem te ajudar. Através da criatividade cabe a você transportar e aplicar o conhecimento aprendido ao mundo dos games, e por mais que pareça, isso não é um bicho de sete cabeças. É uma questão de percepção necessária a qualquer a profissional que deseja sair da mesmice e criar produtos com diferencias significativos a seu público.

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O segundo caminho (e não menos importante) é o famoso networking. Network segundo Marcelo Cuellar é uma rede de contatos que pode lhe proporcionar valor, que pode ir desde a troca de valiosas informações até a ajuda no caso de uma recolocação profissional (fonte). Logo faça contatos, pertença ao meio. E não tem aquela desculpa, não conheço ninguém da área. Não conhece, tem vergonha? Os grupos em redes sociais estão aí para isso! Aproximar pessoas, colocá-las em contato. Já ouviu aquele ditado: quem não é visto não é lembrado? É a realidade! Sem contato com o meio, os projetos passam, as oportunidades também. Não importa se começou ontem ou tem anos de experiência, afastar-se das pessoas, da convivência com elas, não te traz benefícios no mundo corporativo. (é claro que nesse ambiente temos exceções, veja alguns perfis aqui).

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Estamos em uma época em que a tecnologia e seus produtos são capazes de criar novas relações sociais a todo o momento. Quando percebemos, o que não existia há dois anos já é parte do nosso dia a dia e até o meio acadêmico assimilá-lo leva tempo. O problema é que hoje o tempo é cada vez menor, por isso porque não buscamos estar sempre à frente? Ou pelo menos próximo? Seja criativo, trilhe seu próprio caminho, modelos existem, mas nem sempre devemos seguí-los. Descubra o seu!

Ps1: Completando dois meses com esse artigo. Thx again ;]
Ps2: Enquanto escrevia o texto de hoje fiz um post sobre acessibilidade em jogos e me deparei com o famoso lema da maioria dos desenvolvedores: “se dá mais trabalho eu prefiro deixar como está!”
Ps3: Estou muito irritado com pessoas desse tipo que só olham para o próprio umbigo!
Ps4: Não xingarei no twitter, mas esperem um textão no próximo post.
Ps5: Antes que esqueça, deixem comentários, vamos discutir as visões de cada um.

Author: Victor Hugo Da Pieve
Especialista em Design de Interação (PUC-MG) e graduado em Design de Jogos e Entretenimento Digital (UNIVALI) é apaixonado pela experiência que os Jogos Digitais podem proporcionar. Atuou com Pesquisa e Desenvolvimento de Jogos focados em crianças com transtornos (TDAH e Autismo). Atualmente é Game Designer na equipe acelerada pela Playbor, uma aceleradora de jogos digitais brasileira, a primeira da América Latina.

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